O amor e a poesia, não entram no jogo da facilidade, tampouco se curvam aos lugares-comuns. É preciso mais sentimento, mais vontade de não ficar quieto e parado no mesmo sítio... Para sentir de novo borboletas na barriga, as pernas tremerem e a pele transpirar.
É preciso espantar-se a si mesmo, ao outro e a tudo mais que for necessário... É preciso se rasgar em sentidos, recolher as pétalas do cansaço e se permitir respirar fundo... Revirar e ouvir a voz do coração... E assim, teci fios vários da vida pela noite perseguida...
A poesia gritou e foi absolutamente escutada, afligiu-me tanto por dentro e por fora que tive de voltar a escrever... Pois o amor pulsou forte e fez-se inspiração toda a poesia desde o princípio do mundo... E nos meus olhos se prenderam o fio do seu cantar...
E se as palavras sabem retomar, como pode a herança estar por encerrar?
O fôlego dos que amam abrindo a porta límpida do corpo, da mente, lavando o peso do mundo, o amor quebra o vidro do dia como voz do fogo lança a poesia viva, tão sentida.
É só com sangue que se escrevem versos... É só com alma que se enxerga a beleza... É só com o coração que se vive a vida.
Volto a debruçar o amor sobre as linhas, pois sem ele qualquer coisa não existe... Muitos hão de julgar tal amor e devoção...
E o meu desânimo repentino e a opção que me fez calar os versos, nada teve a ver com o amor que deveras sinto pelo poeta Jota, muito pelo contrário - ele tem sido a própria vida escrita em versos, a poesia sentida e transbordante...que preenche os meus instantes dum amor mais sublime e alegria contagiante.
Mas o que posso dizer é que eu amo um coração que não tem pressa, uma alma singular, "Jota", uma borboleta que me é tão específica, de sentidos amplos se faz nítida... A poesia viva em asas distintas.
Voltei a seu pedido, para estender sobre todos, este amor que é tão bonito...e derramarei infindas pétalas de poesias...por hora derramo aqui o meu mais belo sorriso, pela felicidade que sinto em amar e ser tão amada.
Agradeço a todos o carinhos, aos pedidos de não abandonar a poesia...mas como disse minha amiga "Lu Genovez", a poesia corre nas minhas veias...então como fugir e renegar a mim mesma?Impossível!


OBS: As borboletas permanecem no jardim que floresce a poesia!

          Obrigada a todos pelo imenso carinho.

                          Beijos borboletais


Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 01/02/2011
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