Cometendo um sacrilégio. (Interpretações de uma obra prima de Edward Hopper).
Morning Sun.
Estava tudo acabado.
O encontro havia sido marcado.
Ela havia acreditado.
O tempo se perdera na espera de ninguém.
Sentia, apenas, agora, o morno do sol, de uma manhã que lhe remetia para um dia perfeito passado na casa de praia de sua infância. Era o mesmo calor. Sua vontade era imergir na luz, que encorpada e densa, flutuava na paisagem.
Ela sairia flutuando pela janela.
Pouco mais de dois palmos a separavam da eternidade.