CADÁVERES INSEPULTOS
São cadáveres insepultos
Eu os vi nascer, cresceram
E se decretaram ao óbito.
Por quê?
Como ao filho que cresce
Sai para o mundo
E se esqueceu da casa que o abrigou
Assim também eles fizeram
E abandonaram a casa do trabalhador.
São cadáveres insepultos
Andam às escuras
E como Silvério
Traíram o trabalhador.
Não merecem nosso respeito
Estamos do lado sempre nosso
E assim travamos nossas lutas
E os sonhos vão se realizando.
Eles?
Estão por ai, em decomposição contínua.
E nós unidos como irmãos
Avançamos à estrada
E de mãos dadas à estrada avançamos
Um só grito nos une
Somos os Trabalhadores!