ENSAIO SUICIDA
ESPERA-ME Ó MORTE,
ANSEIA POR MIM.
DEVERAS CHEGAREI CEDO.
NÃO MAIS SOU BEM VINDA
ENTRE OS RELES MORTAIS,
CHEGA PREMATURO
O CREPÚSCULO DA MINHA EXISTÊNCIA.
FORÇOSAMENTE DECEPAREI
O QUE ME RESTA DE VIVICITUDE,
DELEGAREI CULPAS AOS QUE
NÃO ME CONHECERAM,
OS QUE COMIGO VIVENCIARAM
MINHA TRISTE PRESENÇA,
FICA SEQUER A LEMBRANÇA
DE QUE OUTRORA AQUI VIVI.
DERRAMA, Ó MORTE,
UMA LÁGRIMA POR MIM.
ESCUTA, Ó SEOL,
MEUS LAMENTOS POR AGORA.
ESPERA-ME ,Ó GEENA,
CORRO PARA TEU ABRAÇO,
ENTRISTECENDO-ME COM A VIDA,
REGOZIJANDO-ME COM A MORTE.
Juciara Brito
Valeu poeta, amigo pela sua linda interação!
TU ME ACLAMAS
Tu me aclamas com bases infundadas,
Não atendo-se aos chamados inconseqüentes,
Pra depois vir me dizer que estava errada,
E me convocou só porque esta deprimente,
Reavalia esta tua arrogância,
De querer partir antes do combinado,
Esta é uma atitude de criança,
Quando tem o seu pirulito roubado,
Tuas agruras logo serão convertidas,
Em alegrias com imensa felicidade,
E então, esqueceras deste momento,
Onde fizestes este pedido mal logrado,
Mas eu te atendo quando no tempo apropriado,
E assim veras que não serei mais aclamada,
Porem lhe digo que ai não recuarei,
Pois portarei do nosso Deus o seu mandado,
Para levar-te deste mundo das injurias,
Por teres cumprido o que consta em teu legado,
Deixemos então para tratar disto na época,
E por enquanto quero que vivas sossegada,
Eu sou a morte, e não um abrigo a desamparados!
Miguel Jacó