QUEM DISSE?

Que disse que não se vive de amor?

Eu vivo, respiro, transpiro, me banho

me alimento de amor.

Minhas insônias são bem acompanhadas

porque as lembranças do meu amor

brincam comigo dentro das horas.

Meus passos, o amor os guia,

só ando em sua direção,

sempre ao seu encalço,

sempre à sua volta,

faço dele meu modo de vida,

meu calmante, meu lenitivo,

objetivo divino, ponto de referência.

Por êle, minhas lágrimas são cor de rosa,

meu riso como sinos

que entoam melodias desconhecidas.

O amor me ensiana línguas,

me leva a outros países,

traça para mim rumos diversos.

Além de tudo sua energia me faz boa,

colocando o perdão nos meus olhos,

e ternura que transparece na minha face.

Incontinente, me aninho na sua plumagem

me aqueço na sua lareira de luz.

Não se vive de amor?

Quem assim acredita, não o conhece,

por amor se vive, se sustenta, todo poeta,

mesmo quando de amor se entrega e morre.

Arabela Figueiró
Enviado por Arabela Figueiró em 27/01/2011
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