Risível
Estou encantada profundamente
Brincar com a minha inteligência
Um fato elogioso que me acercou...
Supôs-se que não consigo ver
Que nada vejo além do que quero
Um elogio a minha sanidade...
É doce, tão doce a mágoa que me foi dada;
Assim, de graça,
E o mel se tornou fel puro e me envenenou...
Arranjei um espaço alugado nos sonhos
Decorei-o festiva e alegremente
Causei risos entregando meus mistérios
Corri o risco da entrega...
A decepção se instalou em meu coração
Agora já não importa; assustou-me demais...
Devolvi aquele espaço
Retirei-me dos carinhos que lá depositei
Fugi loucamente deles;
Preciso proteger-me de mim...
Espero que tenha servido a algo útil
E se me decepcionei,
Foi por nada esperar e ganhar
Ganhei a honra de ser a graça de uma piada
Uma anedota tão pobre e tão ruim
Que estava fadada ao fracasso...
Mas não é que ganhei!