Árvore da Amizade

A cada dia procuro visitar meu jardim, onde cultivo várias espécies de plantas. Desde as mais raras, até as mais simples.

Procuro dedicar parte do meu tempo ao cuidado das minhas plantas, afinal, são de grande valor para mim, em todos os aspectos.

Procuro regar cada uma, até mesmo converso com elas. Não sou louco, apenas demonstro o quanto cada uma é especial para mim.

Neste meu jardim há uma árvore que me intriga e até hoje me surpreende. Desde meu nascimento há quase duas décadas, essa árvore já fora plantada no meu jardim. Ela acompanha meu crescimento; só pude compreendê-la depois de atingir certa idade. Muitas vezes questionei a mim mesmo o que acontecia com ela. Sempre a reguei com muito amor e carinho. Acho que dentre todas as plantas e árvores, essa foi a que mais recebeu minha atenção; acho não, tenho certeza!

Porém tantas vezes esta árvore me surpreendeu. Sempre a regando com amor, ela me presenteava em seus galhos, frutos podres. Eu acreditava que colher cada fruto inútil e lançá-los fora resolveria o problema. Porém, conforme o tempo foi passando, fui amadurecendo cada vez mais, assim, compreendendo as questões da vida e de meu próprio jardim, e concluí que...

...Há momentos em que não somente temos que regar nossas plantas, mas também podá-las e cortar alguns galhos. Infelizmente precisei cortar alguns galhos, e esse meu ato fez com que minha árvore voltasse a ter uma vida saudável. Se eu não cortasse e lançasse fora esses galhos, os frutos podres seriam constantes e a decepção sempre iria morar em meu jardim.