Elucidado
Hoje eu escreverei as palavras de amanhã
Mesmo sem o luxo da consciência tecerei linhas de meus pensamentos,
Quer sejam coerentes ou não
São palavras que necessitam fluir para fora de mim.
Hoje eu falarei de um amor mudo, camuflado e inerte
A falta de movimento é uma dança silenciosa e sublime
E que a falta de notoriedade seja a razão de sua existência sublimada na quietude do medo.
Alimento este amor no mesmo ato masoquista e utópico de sempre, inerente de minha existência,
Calado... oprimido pelo medo da rejeição
Sentimento acolhido por existir sem se fazer notar
Sentimento que talvez apenas eu o perceba.
A humanidade aflora em mim com toda essa fantasia e também esmagada criando hematomas difíceis de curar
Hoje mentirei para mim me iludindo com um amor idealizado
Falarei o quanto odeio ser aquele que faz questão de me iludir com um amor falso para ser feliz
Ou talvez toda esta ilusão seja criada para tirar de mim, propositalmente, a felicidade que supostamente, ou não, eu não suporte sentir.