Cisma rançosa (Parte I )
Virtude sem limite,
Sobre qualquer ato feito,
Sem espaço pra fazer sua elite,
Sentir o termômetro acústico
Surtir este impávido efeito.
Trazendo aqui mesmo
Em espelho recriado,
Pelo instrumento regido
Adiante daquele traje,
Que se encontra no caminho.
O mais provido ser vivente,
Mostra-se ausente,
Nesta crise de estado compulsor,
Sobra assim, uma via aparente
Controlada pela dor.
Uma cisma coletiva
Dialogada em sua própria figura,
Comandada pelo plácido poder atômico,
Que se limita neste estado analítico
Ligado ao socrático prazer.
Cisma rançosa,
Perigosa, pois até o tempo se recua,
Fazendo o espírito de luta se romper,
Diante desse provido traje rompido
Nesta estrada sem saída que não
Se pode conter.