Tiro deprimente
A exploração feita nesse ato
Refaz o vasto aprisco requisitado,
Vetando a brasa na noite constituída,
Pois no tempo certo se achará a resposta,
E junto dela encontrarás a saída.
Num curto espaço de tempo aberto
O decreto imposto na ciência,
Multiplica sua tese conspirada,
Que enegrece esta aparência anualizada,
Sobre o vento e o momento
Em cada passo encontrado.
A construtiva seleção conquistada
Impulsiona esta plena divisão,
Dentre a mais justa causa montada,
Pois se recolhe nesta prosa escrita,
Marcas de realidade que sanciona
O estado líquido desta brisa consentida.
Honrada vejo seu transpassado vigor,
Que nesta carta escreve o momento
Apreciado no tempo e naquilo que expressa
Para ti a ponte infinita do verdadeiro amor.
Mas ao revés de tudo isso
Sinto uma plena desilusão sobre mim envolver,
Pois meu status não consegue sentir a vida soar,
Tão pouco meu desejo expressar o amor que eu devia
Com toda força divina ao mundo demonstrar.
Através de um tiro deprimente
Meu mundo se esquivou do amor,
Recusando a força celeste em mim presente,
Que suscita a presença múltipla do criador.