Bruma

Palavra por palavra, o sorriso some do meu rosto. Tomam lugar as rugas e seguem estes veios, as lágrimas. A grandeza do sentimento, que ruma para uma via de mão única, faz da dor um condutor mais cruel. Fere, aperta, espreme, reduz. Faz desaparecer.

Em algum bater de porta ficou calado o que antes era festa. Flores, nunca foi. Doce, só nos sonhos que poderia se tornar ao passar uma tormenta com ares de intransponível. Venci a batida do mar, naufraguei no mar de almirante.

Erros não são armas para contra-ataque. Onde ficou a candura? Onde mora o afeto? Para onde foi a compreensão?

Se ao menos o respeito não tivesse feito as malas, haveria esperança. Pergunto agora se ele um dia esteve neste lar. Acho que não. Era a ilusão que pintava o rosto da maldade como se esta fosse bela. Nada mais. Apenas um fio que se sustenta na falta de coragem de assumir a derrota.

Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena. A minha, apequenou-se.