Protesto das estrelas
A noite vem caindo
E as estrelas quase nem aparecem,
O que será que aconteceu?
O tempo as escondeu nesta noite,
Que até mesmo meu mundo poético surpreendeu.
Sabe-se entender seu sacrifício estelar,
Nenhuma delas me disse o motivo,
Desta greve simplesmente luminar,
Aquilo que perecia um aperitivo
Veio a se concretizar.
Na noite que caminhava
Nada de estrelas no céu,
Tudo era escuridão,
Pois só a lua frutifica a noite,
Com seu temido desejo cruel.
Cada momento que passava
Não se via as estrelas,
Sabendo que, suas faces guerreiras,
Resolveram tirar seu brilho dessa poluição
Que a terra lança sobre suas veias.
O protesto das estrelas calou a noite,
Em cada açoite ouvido na madrugada,
Acentuava um cadente sacrifício
Sobre o tempo a si mesmo lançada.
Um momento de calcarismo
Sobre o temido castelo noturno,
Com o espaço celeste no oblíquo
Fascínio que sobre caiu a semente desta
Carga pesada junto do escasso
Tempo maciço no regaço diurno.