INSÔNIA DANADA
Madrugada afora...
Tento ainda lutar!
Esperneio,grito,bato...
E apanho!
Esmurro o vento,
Peças jogadas,pedaços de vida...
Tento um pouco juntar!
Em vão,meu desepero,
Fera ferida me torno,
Tento escapar!
Horas inteiras comigo...
Já não sei me olhar!
Sou resto de um desejo...
Tento me resgatar!
Alvorada,dia ,sol...
Nada de novo!
Já choro a noite que chega,
Tento nem me lembrar!
Já vem outra madrugada...
Tudo de novo !
Luta perdida todo dia,
Toda noite
Um constante guerrear!
Cadê meu sono?
Eu o perco e não acho...
Tento buscar!
Quem já dorme não entende
Minha luta
(Querendo adormecer...)
Pois, vim escrever...
Se poemas ou só palavras,
Não importa,eu tento
Espantar o que me mata:
Solidão aliada
à insônia danada
Que me faz aqui ficar
brincando de poetar!