Tempos passados
Que maravilha lembrar
Do meu tempo em que era criança,
Coisa maravilhosa sentia ao viver
A minha abrilhantada inocência em relevância.
Acreditei no meu desejo
De sentir-me livre,
Conheci a vida em poesia
Que me libertou e alinhou-me
Ao desejo de ser amado.
Recriei meus sonhos
Neste meu risonho sabor da vida,
Subi nas escadas mais diretas,
Que o tempo me deixou inspirar
Nesta visão límpida e secreta.
Já agora muito mais jovem
Libertarei ainda minhas lembranças,
Ao tempo de amor, que agora enxerguei,
No vento que assim deixei de sentir,
E neste deserto sobre mim imposto,
Que a anestesiada servidão
Desfez-se ao tentar me persuadir.
Tempos passados que vivem em minha mente
São abertos ao momento que assim vivi,
Desfilando no desejo, na alma carente
E no coração vivo como o desenho
Refeito em minha mente.