Rasuras do coração
Súditas sementes na força recriada,
Sonda meu coração no seu tempo sublinhado,
Aos esquecidos sistemas de amantes da dor,
Sobra apenas seu apresentado declínio do amor.
Entrego minhas forças ao vento,
Não tendo despesas a carecer,
Construo o deserto para minha alma,
Que nada pode fazer.
A dor retrucou em meus desejos altivos,
Que já estavam desfalecidos pela morte,
E com esta intensa casta da sobre sorte
Recusou construir o sonho que dentro de mim habitava,
Desfazendo este meu desamparado suporte.
Esquivas-me desse deserto morto
Indolto e apenas sutil em derrota,
Aquecendo meus soletrados caminhos,
Que lubrificam as estreladas brisas
Cercadas de pontiagudos espinhos.
Deste caucionado e errante pistão,
O coração desabrocha na fonte remota,
Não apresentando o seu brilho escaldante,
Declinando simplesmente para um deserto
Totalmente sem volta.
Rasuras no coração lapidaram meu mundo,
Agora estou perdido e desesperado,
Nada me faz viver em felicidade,
Caí no mundo de desordem e sem saída
Para que se refaça meu coração
Viver novamente esta imensa realidade.