Rasuras do coração

Súditas sementes na força recriada,

Sonda meu coração no seu tempo sublinhado,

Aos esquecidos sistemas de amantes da dor,

Sobra apenas seu apresentado declínio do amor.

Entrego minhas forças ao vento,

Não tendo despesas a carecer,

Construo o deserto para minha alma,

Que nada pode fazer.

A dor retrucou em meus desejos altivos,

Que já estavam desfalecidos pela morte,

E com esta intensa casta da sobre sorte

Recusou construir o sonho que dentro de mim habitava,

Desfazendo este meu desamparado suporte.

Esquivas-me desse deserto morto

Indolto e apenas sutil em derrota,

Aquecendo meus soletrados caminhos,

Que lubrificam as estreladas brisas

Cercadas de pontiagudos espinhos.

Deste caucionado e errante pistão,

O coração desabrocha na fonte remota,

Não apresentando o seu brilho escaldante,

Declinando simplesmente para um deserto

Totalmente sem volta.

Rasuras no coração lapidaram meu mundo,

Agora estou perdido e desesperado,

Nada me faz viver em felicidade,

Caí no mundo de desordem e sem saída

Para que se refaça meu coração

Viver novamente esta imensa realidade.

jesse ribeiro felix
Enviado por jesse ribeiro felix em 19/01/2011
Reeditado em 19/01/2011
Código do texto: T2738635
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