PSIU AMOR...EU ESTOU AQUI !!!
De repente, ouvi um psiu...
e era ela a morena linda...
surgindo
nesta tarde que começava
a chover a cântaros...
hum...e como
os pingos eram grandes
olhando-se a calçada
eram muito parecidos a
uma moeda de um real.
Trovões e raios logo iniciaram
a dança,
e o ruído de sobe e desce num aeroporto
agora era um quase nada
comparativamente ao que nós
ouvíamos.
Corremos os dois buscando
um abrigo,
e o que pudemos encontrar
foi um microbar.
Entramos ali...já molhados...
mas não tanto,
e sabíamos que nosso calor
corporal
logo tudo secaria.
Como nao tínhamos dado
ainda nenhum beijo,
porque a chuvarada não
havia deixado,
agora, entretanto,não
perdíamos tempo.
E eu a olhava admirado...
depois
de meses sem vê-la.
Mas ela era sempre a
mesma para mim,
e nosso amor e carinhos
seguiam como
um manso lago... revolto
entretanto,
quando nos cruzávamos
porque nossa
paixão ardia só de nos
olharmos...
mesmo no meio de raios
e trovões.
Ela nunca precisava dizer
que me amava...
porque
ela tinha certeza que eu a
amava até demais.
E ela percebia,
e eu nem precisava dizer nada,
pois nossos
corpos e nossos olhares
tudo diziam.
Nós éramos a festa um do
outro.
Olhávamos a chuva e nem havia
chuva....
não havia pingos...pois estava ]
granizando...
e os gelinhos batiam
ruidosamente sobre as mesinhas
que haviam ficado de fora do bar,
entregues a esta
tarde de grandes modificações
climáticas.
Tudo parecia despencar...das
negras nuvens.
Nos calamos para apreciar os
granizos caindo...
e eles eram muitos mesmo...
e alguns eram
grandinhos e pareciam bolinhas
de gude.
Busquei a mão dela...
e, instintivamente,
ela também buscava a minha.
E ficamos ali...nos olhando...
olhando...
porque nós nos amávamos tanto
que nem
precisávamos dizer nada...
como se tudo já tivesse sido dito.
Mas ela apertava a minha mão e eu
apertava a dela...
e nossos olhares vez por outra se
cruzavam.
Nós sabíamos tudo um do outro...
tudo.
Hum...que tarde mais deliciosa !
Olhei para ela e finalmente falei:
te amo ...meu amor...
E ela brincando me disse :
vem meu gelinho...vem...
que eu quero te derreter.
E então me senti granizo,
bem granizo. Bem duro.
Só para ela me derreter.
E derreti...!!!
Direitinho como ela gostava...
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Autor: Cássio Seagull
Prosa poética -Em 18-01-11 / 20h/ SP
Lua crescente - chuvas fortes-29 graus.
Beijos e abraços...e boa quarta.
cseagull2@hotmail.com
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