Interando "Metáforas", de Adriane Dias Bueno
"O que fazer quando acabam as metáforas? Tudo é escuridão, tudo é nada, todo lado é máscara efêmera e qualquer ângulo de visão é monstro surgindo da sombra. "Esconda-se e sobreviva", é este o conselho da última fagulha moribunda? E como alguém me alcançará em meu cerco? Não há tempo para perguntar, e a sombra odeia responder. O que fazer neste último e enegrecido segundo? Selar tudo na caixa perdida da dama? Ou chorar pela voz cristalina que já não chama? Todas as assombrações são parte de mim, eu quimera monstruosa de várias máscaras e fases. Devo repudiar com tanta força e nojo a mim mesmo? Procurar um lado onde não haja sombra, mortificar-me eternamente debaixo do sol? Não faço ideia, me resta apenas um segundo para decidir, pois não há sol, parou a chuva, apagaram as estrelas e a luz de meu agora sombrio, úmido e pavoroso recinto."
"O que fazer quando acabam as metáforas? Tudo é escuridão, tudo é nada, todo lado é máscara efêmera e qualquer ângulo de visão é monstro surgindo da sombra. "Esconda-se e sobreviva", é este o conselho da última fagulha moribunda? E como alguém me alcançará em meu cerco? Não há tempo para perguntar, e a sombra odeia responder. O que fazer neste último e enegrecido segundo? Selar tudo na caixa perdida da dama? Ou chorar pela voz cristalina que já não chama? Todas as assombrações são parte de mim, eu quimera monstruosa de várias máscaras e fases. Devo repudiar com tanta força e nojo a mim mesmo? Procurar um lado onde não haja sombra, mortificar-me eternamente debaixo do sol? Não faço ideia, me resta apenas um segundo para decidir, pois não há sol, parou a chuva, apagaram as estrelas e a luz de meu agora sombrio, úmido e pavoroso recinto."
Edit: Aqui está o link da poesia inspiradora. Parafraseando nossa lenda Parabolika, "musa poderosa gera poesia poderosa"