SAUDADE...
Saudade das velhas estradas percorridas,
dos velhos tempos, quando jóvens éramos,
guardávamos nos olhos coisas escondidas.
saudade doida até do sofrimente,
quando lágrimas abundavam,
contra a maré remávamos
saudade de ti meu amigo, tão belo e confiante,
onde estarás agora? Morreste com nossos sonhos?
Onde estarás, meu doce amante
porque nunca mais ouvi tua voz?
o que fazer do meu pranto,
se não te tenho para me consolar?
tu que eu amei, quando ainda menina,
e mulher me fizeste desesperado,
sentindo a morte que se avizinhava.
Aqui estou eu depois de tantos anos,
sentindo na boca o gosto do último beijo,
sentindo-me viúva porque não te encontro.
Ficou-me nos olhos lágrimas que não secam,
nas mãos o adeus que não posso dar,
na vida o desespero da tragédia,
de não ter teu túmulo para visitar,