O homem sofre, é mito de sísifo, pelo caminho infindo da Razão.
O que dizer, não sou eu que escrevo, se sou que penso, não posso afirmar que não sou eu que faço o que faço, se é a mente quem move meu braço, todavia a poesia que de mim se exala, o silênsio que dentro de meu abismo cala, não pode ser obra do acaso terno, tudo que respira tem um propósito eterno, a solidão do esquizofrênico, a confusão mental do epiléptico, a douçura falsa da amante paga, o desepero da mulher viuva, a contrição do crente frente à uva, a perveção de Herodes e a criança. A Ilusão sagrada de Homero, até o fogo de Roma sobre Nero, o sacríficio do santo pelo pão, o homem sofre, é mito de sísifo, pelo caminho infindo da Razão.