Uma imensa lua cheia, brilhando no céu de março,
Liberta a Sílfide que há em mim, oculta aos olhos
Dos que se contentam com superfícies...
Livre, danço entre risos e lágrimas, O bailado mágico
Da ilusão perdida, enquanto o vento acaricia meus
Cabelos e as flores que ressumam, docemente,
O seu perfume. E me inebrio, bebendo em cascatas
De estrelas, o amor sonhado...
Deixo - me possuir inteira pela magia da noite,
Vibrando e pulsando no mesmo ritmo do coração
Do universo, que sinto dentro do meu próprio ser...
Chamo os fantasmas ocultos nas sombras, para
Dançar, e eles me enlaçam com suas formas etéreas,
Mas então já não são, fazem – se luz numa ciranda
Alegre que transforma a noite, desperta o sorriso das
Árvores, das pedras, das flores...
E não existem mais seres inanimados nem tristes!
Tudo vibra, tudo participa alegremente do Bailado mágico da ilusão perdida,
Que já não é, enquanto a lua cheia, brilhando no céu
De março, vai baixando lentamente, quase sumindo
No horizonte, deixando em meus lábios, um sorriso Prateado...
(Recordando, levemente modificada).