Suplício de uma louca
Eu sou o vento que sopra o cheiro das flores
Sobre os manicômios da selva de pedra
Eu sou o folclore que assusta destemido,
Flora e fauna da Amazônia
Eu sou a imagem do grito do inocente
Sobra a mesa de sacrifício da magia negra
meu show de espanta querido.
Você não me escuta, você nem chega a lembrar
Você consegue me seguir e ouvir meu som?
Você não reflete o balanço das ondas!
Eu só consigo rir do seu pranto
Que não foi, nem é, nem será...
Eu sou um piercing de ouro na orelha
De uma ruiva Sul Americana
Eu sou o pólen da primeira flor nascida no Éden
Sou o sangue que corre por entre as veias do vampiro
Eu sou o cheiro do poema de angústia e desilusão
Meu olho te olha, mas você não pode nem sequer me vislumbrar
Não tenho opção, vou te descartar como um dentre tantos
Pois sou mulher de força e luz, de amor e ódio
Eu sou a última gota de álcool socorrendo um apaixonado
Quem não amou a sutilidade de meus versos?
Quem não sofreu com meu desespero desconexo?