A poesia e as asas do poeta
A poesia e as asas do poeta
Quando me percebo ausente, deito-me na curva do vento,
Esquecendo minha presença, é ai que sinto as tuas asas
Flamejantes e multi cores asas, que me embalam o sono melhor
O mais lindo sonho, quando te toco as penas,
e sinto teu cheiro no mar.
Ave que de tantos mares retorna, com a alma morna qual marola
Que te deitas ao meu lado tão sutil...
E soltas lentamente as tuas doces notas.
Poeta que a minha veia cala, que me incendeia em manhãs tão raras. Que me faz voar em céu de colibris. Toca minh’alma que liquefeita torna-se, escorrendo sentimentos que jamais senti. Navego pensamentos entre o passado e o presente, torno-me vento !
Tão transparentes, quanto a tua calma, quando te levantas e te vais de mim. Permanecendo eu, assim adormecida. Acordo na manhã nascida, e o sol me faz acreditar!
Que tudo o que houve não pode ter sido apenas sonho.
Márcia Poesia de Sá