Imagine o Imaginário
Imagine o começo,
Quando o avesso tem seu preço,
Imagine como eu abro,
cartas simias no meu baralho...
Imagine...
Neste dia de agonia,
vou cinzando o imaginário,
me pintando no armário,
com a tensão de dizer foi.
Vejo bebes se chorando,
doentes ajoelhando,
o futuro envergonhando,
por um gole de amizade.
E eu nessa iniquidade,
vou sofrendo por coragem,
buscando a felicidade,
tentando sair do fim.
Como todo marciano,
estou em experimento,
vejo no nobre avarento,
de dizer que está amando.
E para que o amor vença,
no pudor vem a valencia,
noutros cleros a clemencia,
de matar o assassino.
Eita que esse pobre menino,
assustado que viera,
manda no mundo venera,
sensação dos dois mundões.
Nesse pobre opressor,
dou migalhas pro rapaz,
Afim de que ele cresça mais,
A dar sua mão no boa noite.
Mas a noite descepciona,
pois não acontece o dia,
pesa vem nobre agonia,
Que o fim sempre inspeciona.