Detesto este teu jeito de me deixar no ar
Esta mania de me deixar falando sozinha
Eu sei que é para ver se perde a graça...
Detesto tua mania de clarezas obscuras
Daquelas que nem santo dá jeito
E não vou ajoelhar e nem mesmo rezar
Detesto tuas explicações que me confundem
Nunca quis que marcasse uma opção; não sou gabarito!
Você diz e faz coisas incríveis, extraordinárias,
As possui de sobra, fico soçobrando nelas...
Detesto esperar por tua boa vontade
E quem sabe, dar o teu ar de "tô nem aí...”.
Há uma lista infindável do que detesto
Adianta nada, porque o que gosto além do que quero,
Muito à minha revelia, supera o que detesto...
E meu coração não pediu se eu queria querer
Agora não vou pedir licença para amar
Nem vou pedir autorização para sonhar...
Faça disto o que quiser, jogue pelos ares
De fato tudo isto me pertence totalmente
Já que é de mim que flui melifluamente
E indiferente adentra um descuidado interesse...