Isolamento (Parte II )
Na soma dos cardumes de peixes marinhos
O tempo decorrido se ausenta de seus poros,
Com este deserto inútil será viver aqui,
Pois tudo o que busquei jamais recebi.
Saberei eu o que fazer?
Outrora choro, e até mesmo tento sorrir,
Mas vou vivendo neste mundo sobrenatural,
Sem divinos desejos e nem mesmo com espaço.
A quem poderei recorrer?
Será que posso viver assim?
Pois sei que é difícil esta vida
Inaceitável por mim mesmo,
Nada me atraí em meu conceito.
Sou o isolamento a repudiar
O espaço perdido das sombras,
A fonte inaceitável do medo,
E o domínio substancial do desejo.
Isolamento que vem me sondar,
Querer desenhar minha vida de outra forma,
Negativa aos que me virem sobre o meu caminho,
Sairei daqui agora neste momento de dor,
Pois me sinto desraigado
Da vida e totalmente sem saída.
Leia a primeira parte clicando neste link ou acessando a parte de prosas do meu recanto:
http://www.recantodasletras.com.br/prosapoetica/2096494