Pedaço de gente, pedaço de mundo.

Sou feita de paixões, espalhadas por aí.

Mas ao mesmo tempo sou o núcleo.

(A única coisa que é privada até mesmo de mim).

E o que importa? Antes terra do que atmosfera.

Se você quer ser a camada, eu que não vou ser o ozônio.

Constelações são belas e estão sempre a brilhar, será que posso pertencê-las?

Pois assim como o universo, sou cheia de surpresas.

Pertenço a tudo.

A todo canto do mundo inclusive ao mar.

Embora seja na mente, onde eu mais costumo navegar.

Mas não sou o piloto.

Sou o barco.

Compreende?

Flutuo, navego e posso carregar pessoas comigo.

Minha intenção é o bem.

Amor à vista! Disse o meu marujo consciente.

Oh! Penso se algum velejador algum dia já não gritou tal frase.

Sinta-se livre.

Só esteja preparado para as tempestades.

Vento é bom, mas vento demais desarruma os cabelos.