Procuram-se Respostas
Passamos toda a nossa vida procurando respostas para o que acontece nela. Respostas essas que quando descobrimos, já nem nos interessam mais e só nos servem de conclusão e aprendizado.
Pois bem, perguntamo-nos primeiramente por que estamos vivendo e cada pessoa tem uma resposta diferente. O engraçado é que a resposta depende da fase em que a pessoa está. Se alguém está perdidamente apaixonado, é por causa do amor; se foi traído, é para dar o troco; se tiver um filho, vive-se por ele e se o perdeu, nem era para estar vivo.
Nossas respostas são completamente aleatórias e inconstantes, mas mesmo assim temos necessidade de procurá-las. Por quê? Bom, uma nova pergunta e mais uma sem resposta. Talvez quando eu descobrir o porquê de tanta necessidade de respostas, esse já não seja mais o meu interesse. Mas valeu.
Agora por exemplo pergunto-me: “Que fase da minha vida estou vivendo?”
Resposta: “Solidão.” Correção: “Resposta incorreta.” Ok! Outra vez: “insegurança.” Correção: “Ausência de características.”
É assim que nosso cérebro deve funcionar, procurando respostas e tentando corrigi-las. Isso porque respondemos, na maioria das vezes, com o coração e é depois que a resposta passa por uma análise e, às vezes, chegamos a uma conclusão.
Então...hoje queria saber também o que está acontecendo no meu coração , mas essa não é a pergunta certa a se fazer. Talvez seja: “Quem mora no meu coração? Por que eu mudo tanto de opinião? Por que meus sentimentos são constantemente mudados mesmo que insignificantemente?” Resposta: ”Tu..tu...tu...” Verificação: “excesso de informação.” Ok! Perdão. Vamos tentar ser mais objetiva: “Quem realmente sou eu?” Resposta: “Uma pessoa insegura que não sabe definir seus sentimentos e por isso é incapaz de expressá-los com clareza e coesão. É inconstante e transparente. Sabe o que e quem quer, mas não quando quer. É forte e extremamente frágil; corajosa e completamente medrosa. Sabe o que deve fazer, mas tem medo de suas conseqüências. Seu maior problema: baixo-estima e falta de autoconfiança.” Correção: ausência de características.” Não entendi: “O que falta?” Resposta: “Qualidades.” Ah! Sim. Obrigada, mas se as tenho, essas não vêm ao caso no momento!
A partir dessa resposta posso amadurecer meu ponto de vista. Agora compreendo a minha falta de iniciativa em relação a mim mesma.
“There are many things I wish and didn´t do.” Querer muito uma coisa não quer dizer que você a terá, mas com certeza você pode tentar. Mas aí caio em uma nova pergunta: “Por que não tento?” Resposta: “Medo.” Correção: “resposta correta.” Uhum, interessante, mas: “Medo de que?” Resposta: “De não conseguir.” Correção: “Desnecessária. Resposta obvia:” Nossa! Que gentil!”
Encontrei mais uma resposta e o que posso fazer com ela? Resposta: “Usá-la como aprendizado, para mudanças de habito e como conhecimento.” Correção: “Excelente!”
É...procuram-se respostas para milhares de perguntas feitas constantemente para nós mesmos, mas mesmo quando a resposta é clara e simples a recompensa sempre será uma nova pergunta igual ou mais difícil, que exigirá uma nova resposta. E a única coisa que temos a fazer é aproveitar cada resposta como tijolos, que te ajudarão a construir uma personalidade própria e bem estruturada.
Mas mesmo com todos os fatos apresentados ainda procuram-se respostas e a recompensa é obvia: novas perguntas.
Gabriela Armstrong