DORME
Penumbra vermelha no quarto,
o branco da cortina parece núven
a renda suavemente estremece
ao sabor da brisa da janela.
Me viro na cama,
meu homem dorme, como se fitasse o infinito,
num ressonar de felicidade descansa.
Meu homem é mais belo assim,
sem senões, sem filosofia.
Retratando o próprio abandono,
meu homem dorme e eu o observo,
sugando esse momento só meu,
de sublime comtemplaçao,
amo-o assim em pensamento,
acaricio-o apenas com o olhar.
A posse é tão completa,
tão transcendental,
que ele acorda e como se concordasse,
sorri, e o dia amanhece.