Mercenário
Faço o tempo ser um passo de jarda colada
Desembainhada no alto som da caminhada,
Antes recebo seu afago multiplicado no coração
Com as luzes que iluminam minha face em entonação.
Tudo se renovou no espírito conspirado
Desarmado foi meu abrigo derribado,
Soldado de dores que perdeu os seus valores
Agora chora em prantos sucumbindo seus odores.
Joga a marca da sistemática guerra pro ar
Não contendo o respeito insólito de amar,
Nem mesmo este espaço requerido na deixa
Que redime suas forças
Para o desejo aflorado plantar.
Mercenário sem caminho
Queres voltar ao pó?
Mas não onde saber como
Está seu estado de espírito.
Mercenário já foi degolado
Explanado numa torre sem poder se defender,
Sendo jogado aos animais,
Para sugarem a sua secreção de sangue
Aos desertos pedaços de seu corpo.