Ponto.

Eu era um tanto de alegria, quando me esbarrei com seu corpo de reluzentes pisca-piscas pela noite fria e café e capuccino. Talvez eu não fosse tanto, mas me tornei tudo quando conectado preso amarrado reamarrado ao pedaço de gente e ao tanto de vida que você era naquele momento errado certo eterno. E nem foi assim tanto tempo, pra você perceber que eu percebi que nós não nos encostávamos no mesmo lado da moeda e éramos um punhado de desencontros e descasos e impropérios e não era pra ser dessa forma não era pra ser desse jeito e não era pra ser mesmo. Mas de qualquer forma era bom, e o amor sempre existe em todos os tempos verbais quando nos permitimos verbalizar e conjugar e ler e reler e recitar a pessoa que achamos que queremos e queremos mas queremos errado.

Eu sinceramente não sei onde foi, que eu reaprendi poesia, que você me reensinou aquele pedaço de amor que eu havia esquecido abandonado recauchutado remoldado recriado rementido reinterpretado pra você. Talvez fosse assim sempre, e o amor é só aquela coisa piegas que não existe mas existe mais e sempre existe quando nos permitimos ser piegas egoístas mesquinhos e falsos. A verdade é que amo amei amarei amava e conjugue o verbo nos tempos que julgar conveniente e analise e reanalise e me odeie e reodeie e odeie novamente e me tire de todos os espaços que eu rasguei no teu corpo com minhas unhas de descompasso.

Ponto.

Gustavo Alvaro
Enviado por Gustavo Alvaro em 07/01/2011
Código do texto: T2714860
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