A FEITURA DE UM POEMA
 
 
Quando ensimesmado eu fico olhando-te, não te espantes, é que nesse momento está nascendo um poema. Pois, perdido e deslumbrado com a tua beleza, eu o estou bordando com o cordão lindo do teu negro olhar. É lógico que, com o relâmpago rebelde do teu sorriso, o poema que nasce dos meus olhos e da minha alma, vai, graciosamente, tomando a feitura linda de uma nova canção de amor para ti. E assim, o teu lindo e expressivo olhar, mansamente, vai suturando a minha alma junto a tua.
Agora, com o coração e a minha alma transbordando de música e alegria, eu vislumbro somente e apenas, um horizonte colorido de prometida felicidade. Pois, a felicidade, é uma virtude que se parece muito com as pedras preciosas, têm-se que buscá-la a todo momento. Entretanto, eu confesso como ser humano que sou, imperfeito na auto-estrada da evolução, que, mesmo quando houver tropeços inesperados na vida, jamais dever-se-á perder a ternura.
Minha linda Denise, foram os teus olhos, o teu sorriso e a tua dedicação a mim que fizeram renascer, uma nova vida de sonhos que antes não tinham sido sonhados. Tu eras aquela nau linda que eu divisava sempre ansioso no mar confuso dos meus anseios. Agora, sinto que mansamente tu atracaste em mim, para que eu te ofereça o meu porto seguro de amor. Por isso, eu não quero mais navegar os intrépidos mares que outrora navegava, prefiro sim, permanecer docemente embalado pelas tuas rítmicas ondas de carinhos.
Amor meu, quando eu te olho perdido e deslumbrado, confesso que, com os meus olhos transbordante de poesia, vejo em teu belo corpo, essa bela  anatomia, os versos que ainda pretendo compor. Tudo é belo e formoso, o conjunto é o mais agradável que já vi, assim como os teus olhos, a tua boca, os teus cabelos negros e o teu jeito de andar. A graça, o encantamento e a magia, para mim, é a passagem de uma pura poesia em movimento.