caixa vazia

Abre a caixa vazia

desempacota vento,

pedaços de nada,

plástico bolha de quases

e não mais.

Dentro da caixa vazia

há um bocado bom de ausência,

retalhos de pouco,

isopores de amnésias

e nunca mais

Nos cantos da caixa vazia

teias de aranha de não há,

farelos de não foi,

poeiras de nunca

e nem mais

E por debaixo da caixa vazia

pacote de dores,

hermeticamente fechado,

lacraia de memórias

não.

Gustavo Alvaro
Enviado por Gustavo Alvaro em 06/01/2011
Reeditado em 07/01/2011
Código do texto: T2712184
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