... E sobra solidão.
Nascera urbana, naturalmente urbana, se é que seja possível haver um certo grau de naturalidade dentro da urbanidade. Crescera ao sabor dos enlatados, comida, roupas, filmes... tudo "made somewhere around the world". Grandes ou mesmo pequenas cicatrizes advindas das peraltices próprias das meninices, jamais as possuíra; conhecera grades e muros de proteção muito antes das árvores do quintal; seus primeiros passos foram no cimento armado, somente mais tarde conheceria o real sentido de "fincar os pés em terra firme". Ao invés de valores e virtudes, tivera lições sobre comportamento social, educação para o trabalho, defesa pessoal. Aprendera que a escolha profissional deveria seguir a orientação do mercado. Mas o que ninguém contava era que ela trazia em si, um certo inconformismo, e que alguns insistem em chamar de rebeldia. E, tal qual borboleta, rompera o casulo que a protegia do mundo e se libertara para viver em tempo real. E em seu vôo de principiante, bateu de frente no muro que separava seus mundos. No caminho, sentiu a dor da solidão, não da solidão dos corpos, mas a solidão de sonhos, de esperanças, de desejos. Descobrira também a própria voz e sabia que a usaria...mas pra quê? Se o caminho escolhido, era o caminho dos solitários, se as vozes diziam a si mesmas para que não se desse ouvidos à vozes estranhas. E ela sentiu-se estrangeira em meio a multidão descrente. Em passos lentos, resolvera seguir em caminhada, assim como começara o seu vôo...sozinha. E a tal solidão, passou a ser contraditoriamente a sua mais íntima companheira. Uma cumplicidade silenciosa passou a reger orquestra que tocava a balada da esperança. Era preciso sonhar, acreditar. Era preciso seguir em frente, ainda que paredes de descrença e desconfiança, fossem erguidas para dificultar a travessia. Era necessário buscar forças, criar defesas, construir alicerces de proteção contra o desânimo que parecia sombrear o caminho. Era preciso abrir clareiras, era preciso jamais desistir... era preciso saber insistir.
E é assim mesmo... sozinha, que ela ainda insiste em seguir seu caminho.
Nascera urbana, naturalmente urbana, se é que seja possível haver um certo grau de naturalidade dentro da urbanidade. Crescera ao sabor dos enlatados, comida, roupas, filmes... tudo "made somewhere around the world". Grandes ou mesmo pequenas cicatrizes advindas das peraltices próprias das meninices, jamais as possuíra; conhecera grades e muros de proteção muito antes das árvores do quintal; seus primeiros passos foram no cimento armado, somente mais tarde conheceria o real sentido de "fincar os pés em terra firme". Ao invés de valores e virtudes, tivera lições sobre comportamento social, educação para o trabalho, defesa pessoal. Aprendera que a escolha profissional deveria seguir a orientação do mercado. Mas o que ninguém contava era que ela trazia em si, um certo inconformismo, e que alguns insistem em chamar de rebeldia. E, tal qual borboleta, rompera o casulo que a protegia do mundo e se libertara para viver em tempo real. E em seu vôo de principiante, bateu de frente no muro que separava seus mundos. No caminho, sentiu a dor da solidão, não da solidão dos corpos, mas a solidão de sonhos, de esperanças, de desejos. Descobrira também a própria voz e sabia que a usaria...mas pra quê? Se o caminho escolhido, era o caminho dos solitários, se as vozes diziam a si mesmas para que não se desse ouvidos à vozes estranhas. E ela sentiu-se estrangeira em meio a multidão descrente. Em passos lentos, resolvera seguir em caminhada, assim como começara o seu vôo...sozinha. E a tal solidão, passou a ser contraditoriamente a sua mais íntima companheira. Uma cumplicidade silenciosa passou a reger orquestra que tocava a balada da esperança. Era preciso sonhar, acreditar. Era preciso seguir em frente, ainda que paredes de descrença e desconfiança, fossem erguidas para dificultar a travessia. Era necessário buscar forças, criar defesas, construir alicerces de proteção contra o desânimo que parecia sombrear o caminho. Era preciso abrir clareiras, era preciso jamais desistir... era preciso saber insistir.
E é assim mesmo... sozinha, que ela ainda insiste em seguir seu caminho.