Do início

Eu estava a beber num bar perto de minha residência quando subitamente me sobreveio uma vontade imperativa de escrever um poema para SALADINO* (mais um), hoje ela me pediu que fizesse isso (de forma implícita).Eis o poema:

NASCIMENTO

Eu estava quieto,

De boa...

No meu canto.

De canto.

Como aqueles que não querem conversa

E morrem de vontade de conversar...

Eu falava a língua do não!

Estava numa sala de aula,

Proposta de trabalho em grupo,

Eu disse, não!

Não tenho grupo,

Não quero um grupo,

Seguirei só com o estudo.

Eu estava amargo como cera de ouvido,

Eu estou sempre confuso como gravidez indesejada.

Alguém me disse sim!

Sem que eu pedisse resposta...

O meu não tão convicto

Quedou ante aquele sim.

Posso fazer com você?

Fazer com você!

Fazer... Você.

“Você” era eu

E comigo

Pode quase tudo!

Pode fazer comigo,

Só não pode me fazer sofrer.

Eu sofro...

Pela escolha daquele dia.

A parceira da academia

Incita-me a cogitar

Outro tipo de parceria.

Um... Dois...

As coisas que somente dois podem fazer...

Eu estava quieto

De boa...

No meu canto.

De canto.

Até que o meu sorriso mentiroso

Tornou-se um sorriso de verdade

Ante a verdade de um fato.

O fato é que ela surgiu!

A partir de então

Nada mais houve

Além dela.

Além dela só há o nada.

Ela parece ser tudo...

Tudo o que me importa.

Não importa que eu não saiba como terminar o poema...

Escrevi milhares de poemas

E todos eles são sem fim.

Escrevo como um desvairado

Pela necessidade de me perguntar:

Será que ela pode gostar de mim?

Eu rimo FIM

e MIM...

Pareço um tanto quanto patético...

Não importa que eu não saiba como terminar o poema...

Há tantas coisas

Que eu não sei.

Apesar disso

Insisto em respirar.

Eu estava na faculdade,

Era um trabalho em grupo,

Eu quis fazer sozinho.

Mas, alguém me disse sim

E minha sozinhez se evadiu.

SALADINO...

Eu que sempre soube do perigo

Perigo ter caído.

O amor é perigoso

Ainda mais quando se gosta de mulheres.

Uma mulher do cabelo crespo

Meio avermelhado.

Dos olhos castanhos

(ás vezes meio avermelhados)

Da face que cora em algumas ocasiões

Meio avermelhada...

Um doce que eu não posso comer...

Somos apenas parceiros de faculdade.

Antes disso tudo:

Eu estava quieto,

De boa.

No meu canto...

* "SALADINO" é o antigo codinome da Rainha dos Metaleiros

Jefferson Flauzino
Enviado por Jefferson Flauzino em 02/01/2011
Código do texto: T2703964
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