MEU ANDAR ... POR TI
Meu andar, meio trôpego, solitário,
de boas lembranças, um imaginário,
eterno cenário que preciso manter.
Teu olhar relumbrante e renovável
a me fitar, ante eu desconcertado,
é tudo o que quero ter.
Não busco muito e menos aspiro e
ao rever-te profluente respiro,
pois sei, mais que isto não posso querer.
Se no meu labutar suspiro não me canso
nem transpiro, pois no teu passear me
inspiro para então te entender.
Nas agruras, nos altos e baixos,
intempéries, ventos, boníssimos
momentos, como posso depreender?
Fazes-me em concisas palavras aprender,
reagir, compreender, para não feito a palha,
fenecer.
Depois de beber de tua sempre remoçada
fonte, redivivo em meus anseios, como ontem
e nessa mesma fonte em ti volto a me
embevecer.
E no altar de meus devaneios e de
minhas alegrias, dos meus casos e
nostalgias, às vezes estripulias,
uma prece, um novo agradecer.
E em tua constante companhia
meus olhos em festa, júbilo que
prazer, e feito fênix, reviver e não perecer.