MEU ANDAR ... POR TI

Meu andar, meio trôpego, solitário,

de boas lembranças, um imaginário,

eterno cenário que preciso manter.

Teu olhar relumbrante e renovável

a me fitar, ante eu desconcertado,

é tudo o que quero ter.

Não busco muito e menos aspiro e

ao rever-te profluente respiro,

pois sei, mais que isto não posso querer.

Se no meu labutar suspiro não me canso

nem transpiro, pois no teu passear me

inspiro para então te entender.

Nas agruras, nos altos e baixos,

intempéries, ventos, boníssimos

momentos, como posso depreender?

Fazes-me em concisas palavras aprender,

reagir, compreender, para não feito a palha,

fenecer.

Depois de beber de tua sempre remoçada

fonte, redivivo em meus anseios, como ontem

e nessa mesma fonte em ti volto a me

embevecer.

E no altar de meus devaneios e de

minhas alegrias, dos meus casos e

nostalgias, às vezes estripulias,

uma prece, um novo agradecer.

E em tua constante companhia

meus olhos em festa, júbilo que

prazer, e feito fênix, reviver e não perecer.

José Luciano
Enviado por José Luciano em 31/12/2010
Código do texto: T2702422
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