O SONO DO INSENSATO  (Série:  Máscaras e Ribalta - I )
 




Mordem a amizade.
Desumanizam-se para seu próprio benefício.
Rasgam as vestes da irmandade
para ficarem nus em seu reino-hospício.

São conhecidíssimos pela evolução orgânica
de seus arrotos de grandeza.
Necessitam sempre de serviçais
para pisarem antes deles nos lamaçais
(Pés dourados de frágil e falsa porcelana.
Ó, lótus que engana!)
 
Amortecem  seu deus, o dos insensatos.
Cobrem-se de incautos
que lhes destroem a vida.
por que lhes bajulam até o último ato
quando se fecha a cortina
e o travesseiro molhado é seu aplauso.
Vitória de brilhantes falsos.
Conotação de verdade
onde a mentira seduz
a  realidade.




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