Não posso dar-te...
Não posso dar-te, nada além
Do meu amor desencantado
Quedado as folhas que partem
Como papel, outrora escrito
Que agora consome o tempo.
Não posso dar-tem nada além
De mágoa arraigada, que há-de
Sentir mesmo que se vá o tempo...
E será quem sabe um dia raiva,
Por te amar assim de repente.
Não posso dar-te nada além
De um amor(que seja) cansado
De quietude, em meu peito amuado
E não há-de sentir, tão pouco entender.
Não posso dar-te nada além
E quem sabe até o findar (sem perceber)
Ainda ter-te como amor, mas calado,
Em mim, fadado, não hás-de saber...