Poema Torto.
Comi três pães no café da manhã que me caíram como um soco na boca do estômago.
Minha fome era doutras eras...
De noites mal-dormidas, de tombos e de vidas lançadas às feras...
Torto, feito um noctívago sonâmbulo, olho a pilha de falhas que deixei para trás, com um som ao fundo a hipnotizar-me o âmago...
E não me importo, sinceramente, com nada que deixei ou o que porventura vier a deixar...
Não sou santo nem profeta do além, e sei que aqui agora, apenas, é o que realmente vale, o caminhar...
Savok Onaitsirk, 15.07.10.