Aparências e casa-mento
...Era pra ser "feliz" (e o que é felicidade se não algo muito subjetivo, e ainda, é possível nem existir)
Sincero, eterno, fiel
Comprometido, responsável - estes dois últimos não deixei de ser -, completo...
Era pra atender as necessidades comuns e banais
desta realidade da natureza humana.
Era pra se realizar,
Agora, é só preocupação - ou cuidado.
Cuidado com conflitos - estes permanentes
pois não se deve anular o outro (pra Sartre o outro pode significar o próprio inferno).
Dizem que é no conflito que se constrói,
eu mesmo já afirmei isto. E de fato é,
Se constrói até mesmo abismos.
Depois de um curto tempo percebe-se
que havia muito mais para ser conhecido (enquanto se vive),
despertado pois, quanto mais se questiona, mais se conhece e,
quanto mais se conhece, menos se aliena.
Por não conhecer deixei de aprender, questionar mais, logo,
Estou neste paradoxo e o pior, alieno.
É uma escolha inconsciente, muitos
também prefeririam pensar assim, embora sabendo da culpabilidade
de um ato sem boa atitude.
Tenta-se ignorar tembém; tenta-se sublimar; convencer-se; aceitar; ser mais louco porém.
Procura-se encontrar - na condição em que se encontra -,
algo de bom no que se faz, no que se vive (é como um sacrifício bobo)
É aparentemente bom pra si mesmo, pra autoestima - risos;
é bom para o social, pra relativa condição, compensa-se; é conveniente.
Virou obrigatoriedade e, a partir disso, todo tipo de "conduta,
Descobri que represento muito bem, pelo bem
De quem?
Aparências e casa-mento.