O OUTRORA E O AGORA

Não mais flores roubadas no campo,
tão pouco cavaleiro subindo na janela.
Tapete vermelho estendido na poça
para a mocinha passar em encanto.
Não mais sonetos ditos em praças
eloquentes e cheios de paixão.
Não mais chapéus contra o peito
no momento em que passa a amada.
Não mais serenatas ao luar
com beijos ardentes, roubados...
Saindo do outrora e vindo para o agora:
Não mais o tocar insistente do telefone
tão pouco a luz piscando na página do msn.
Não mais mentiras fantasiadas logo
depois do carro parado na estrada.
Não mais existir, dormir.
Sonho desencantado.

Railda
Enviado por Railda em 24/12/2010
Reeditado em 08/01/2015
Código do texto: T2689601
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.