Escrever & publicar
É interessante saber que meus amigos leem meus textos e assim conhecem uma outra parte de mim. Além disso, por meio da escrita, faço novos amigos. É uma forma de romper as barreiras do tempo e da distância física, estando presente em vários lugares ao mesmo tempo.
Por meio das palavras, as pessoas conhecem o meu pensamento e os meus sentimentos. Antes, isso me dava receio de divulgar o que escrevo, junto com a impressão equivocada de que não escrevo nada interessante ou útil. Mas meus amigos já se encarregaram de mostrar enfaticamente que meus textos têm sim alguma serventia.
Não acho tampouco que escrever tira a minha privacidade. Porque só escrevo aquilo que quero, no momento que julgo oportuno e da forma que melhor retrata a situação. Escrevo coisas que, escrevendo ou não, as pessoas saberão. Aquilo que é só meu, que não quero compartilhar, eu não escrevo. Se escrevo, não publico.
Além do mais, as palavras não são minhas. Apenas faço uso delas. Um bom uso, por que não as coloco por nenhuma finalidade negativa ou ofensiva. Ao contrário, compartilho-as de coração, para que possam talvez servir de inspiração, como companheirismo ou simplesmente amizade.
E quando alguém lê e comenta, também me encoraja muito: “Li sua crônica”, “vi seu poema”, “acessei seus textos”. Então, o encorajamento vai e volta. Escrever mantém os meus sonhos vivos dentro de mim. E receber feedback dos meus textos mantém acesa a chama da inspiração.
Como declamou o poeta Thiago de Mello: “Que este ofício de escrever, sem tirar nem pôr, é o mesmo que o ofício de viver; quero dizer o de amar.”
(Catalão, 09/12/2010)