Metáforas/Realidade

Enquanto estou aos prantos, chorando loucamente

Por um fio da loucura

Os meus inimigos festejam minha suposta derrota, sorriem

Alegremente sem saber que estou próxima de virar o jogo.

Fico calada, na minha, sem fazer nada que chame atenção dos

Urubus que decolam sobre a minha carniça.

Pensam que estou morta

Me vêem ensangüentada, esperam a hora que vão me devorar.

Mas não sabem que na hora certa irei revidar, irei virar a mesa, e que eu estava só esperando o tempo certo para fazer o alicerce da minha casa.

A casa de meus inimigos foi feita sem alicerce, sem base alguma e com qualquer chuvinha boba poderá cair.

E eu certamente farei a dança da chuva perto da casa deles, na qual cairá matando um por um.

E a minha carniça que estava aos urubus, se levantará e matará um por um com suas próprias mãos, esmagando-lhes a cabeça e o seu coração.

Pois a justiça virá, mesmo que tardia, mas para os justos, ela nunca faltou.

Jô Borges
Enviado por Jô Borges em 19/10/2006
Código do texto: T268399