O texto antagônico de uma libertação
Está chegando ao fim o ciclo iniciado no ventre de minha mãe, está chegando a data da morte da criatura para o nascimento do "criator".
Caminho em direções variadas que chegam ao mesmo destino sem volta, o de fazer.
Fora isso também procuro me despir agora de todos os sentimentos convencionais e criar os meus próprios, sentimentos que são muito mais verdadeiros e que me traduzem melhor do que a maioria dos outros.
Há também uma certa ansiedade que corroe tudo, corroe as horas, as coisas ao meu redor, corroe meu rosto no espelho e meu estômago ruge como uma fera, louco por fazer, por trazer, por não perder mais tempo, não desperdiço mais tempo meu com ilusões e alusões a desejos futuros e desgraças do passado, vivo agora, o agora, na intensidade que o momento me proporciona, vivo a tensão dos nervos que tremem (isso é crônico), sem contar a tensão dos lugares que passo, mas tudo isso faz parte dessa nova compreensão que me abrange como um eu muito mais parte de mim mesmo, e muito mais ligado ao caos das coisas.
O caos das coisas é a parte mais divertida dos dias que passo aqui, longe de minhas raízes, descobrindo outra extremidade de mim mesmo.