NO FIM DO DIA
NO FIM DO DIA
Findava mais um dia, o entardecer visto do mar, é uma das maravilhas que a natureza nos proporciona como a brindar a beleza de Deus, a harmonia da beleza que proporciona-nos, pelo reconhecimento nosso à sua grandiosidade.
O céu, em sua cor azul, apresentava-nos qual pintura de grande mestre, nuvens tingidas de vermelho claro, volteadas aos imensos raios solares que banhavam por detrás de montanhas ao longe a majestade e rainha terra, abençoada com a vista do criador...
Eu, como extasiado ante tal pintura gigantesca, quedava-me qual pequenino ser, olhos voltados a maravilhosa cena que tal quadro vivo, instante a instante mudava seus tons e formas, a cada segundo tirando-me suspiros de torpor e felicidade, por tal festival de maravilhas, tal como slides repentinos se me apresentavam ante aos olhos...e no céu, cruzavam gaivotas, garças brancas que em formação, voavam de encontro ao infinito. Caminhante que sou , na areia da praia, teu nome eu ví , contigo sonhava.
Tal beleza, tal naturalidade, tenho de reconhecer que só posso agradecer ao criador, elevar preces de louvor aos céus, e bendizer ao dia, ao ar que respiro, a noite que durmo, ao amor que sinto, ao ser poeta, e louco !
Tenho a loucura de bendizer ao dia, tenho a poesia de cantar o louvor, tenho a coragem de enamorar-me d’uma flor, inebriar-me em teu perfume...e dizer-te musa querida, quanto grande é meu amor. Amor de saber-te forte ante as tristezas da vida, as promessas cumpridas, a saudade do retorno, a felicidade em um choro, a lágrima corrida, enxugada pelas mãos que a afagavam...Musa, teus cabelos negros, corridos, quase escondem teu rosto, teus olhos, acredito, castanhos, olhos perdidos a procura de quem, e a quem queiras bem. Sua foto, em perfil, trago-a no peito, seus lábios, macios, quisera beijar...Teu corpo, inteiro, desejo abraçar, te dar meu amor, morrer, de amar.
Julio Piovesan