DESAPEGO

Mais um ano se finda

É momento de fechar para balanço

Não adiantar pensar num bom galho

E uma corda para se balançar

É hora de rever conceitos

Olhar para o armário

Abarrotado de coisas

Ver o quanto a vaidade nos consome

Sem perceber que a vida é cíclica

Tudo muda e recicla

Parar um pouco esse querer desenfreado

Controlar esse consumismo exacerbado

Que definitivamente não nos preenche

Refletir que não precisamos de muita coisa

A fartura e a abundancia vem do cosmo

Levar em conta o desapego

Deixar ir embora o interior velho

Soltar as amarras, liberar a mágoa

Assim renascer do desapego

Antes que não haja tempo

Pois o tempo é o nosso limite.

Angeluar
Enviado por Angeluar em 18/12/2010
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