DESAPEGO
Mais um ano se finda
É momento de fechar para balanço
Não adiantar pensar num bom galho
E uma corda para se balançar
É hora de rever conceitos
Olhar para o armário
Abarrotado de coisas
Ver o quanto a vaidade nos consome
Sem perceber que a vida é cíclica
Tudo muda e recicla
Parar um pouco esse querer desenfreado
Controlar esse consumismo exacerbado
Que definitivamente não nos preenche
Refletir que não precisamos de muita coisa
A fartura e a abundancia vem do cosmo
Levar em conta o desapego
Deixar ir embora o interior velho
Soltar as amarras, liberar a mágoa
Assim renascer do desapego
Antes que não haja tempo
Pois o tempo é o nosso limite.