Por um mundo sem fome

Enquanto rimas e versos são tecidos
e os mistérios da alma desnudados
nos domínios do verbo e da poesia,
onze mil crianças estarão morrendo
do flagelo da fome,a cada dia.

Uma pessoa faminta não é livre:
na prisão em que se encontra
não existe rima,não existe gosto
só o olhar sem rumo,pelo deserto
de um viver que lhe é imposto.

O mundo está dividido pela fome:
enquanto sem alimento suficiente
para uma existência ativa e sadia,
milhares sucumbem _ famélico destino!_
que se contrapõe à vida e à poesia.

Na miséria das desigualdades sociais
vítimas de conflitos armados ou religiosos,
e do colonialismo do bancos mundiais,
assim morrem brancos,negros,crianças:
na globalização da fome não se tem paz!

Temo que o meu grito de poeta seja pouco,
mas quem sabe pelo mundo outros poetas
desafiando o silêncio dos que consentem
possam fazer da utopia a realidade:
longe da fome,um mundo novo.

Marcia Tigani_ novembro 2010

NA ESPERANÇA DE UM 2011 COM MENOS FOME NO MUNDO,DESEJO-LHE UM NATAL ILUMINADO E UM NOVO ANO REPLETO DE REALIZAÇÕES! BEIJOS