Esquivos do apogeu

Ao sentir a alva sangrar,

subescrever o exausto corredor atônico,

celébro nesta anchova remota,

o seu assolado cordel de pura encenação

multiplicada nesta cela com células de aves mortas.

Nasce assim um deserto inconcebível

desta visão astronômica ilusitada,

mas engana-se a si mesmo perante

a guarda rústica desta sombra eclética,

ao seu alarmante regaço dessa sombra unitária.

julgado em prisão de anarquias

conatróem-se ao seu deserto nú,

uma janela de sangue mudo,

pois nada se consegue ver perante

seus espaços, mas ao contrário se observa

o domínio podre do seu regaço.

Nos esquivos deste apogeu inútil,

colidem consigo mesmo a desordem

instantânea da alma, que afoga seus justos

constrastes naquele sombrio marco desenhado

em seu peito, que por si mesmo ainda fala.

jesse ribeiro felix
Enviado por jesse ribeiro felix em 17/12/2010
Reeditado em 30/12/2010
Código do texto: T2677762
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