o que o amor quer de nós?

Quando se trata de paixão, amor, pudor, saudades, dor e até mesmo ódio, afinal, o que queremos?

Qual é a fuga? Qual é o vício?

E qual é o vício para procurar fuga?

Afinal qual é o desejo construído e o paraíso destruído?

Quais as flores emocionais que ainda brotam em nossas vidas?

Qual é o mal dizer que chamamos de bem dizer?

O que é um homem e uma mulher?

O que é um homem e um homem?

O que é uma mulher e uma mulher?

Alguém responde com certeza?

Quem sabe definir o desejo que tem e o brilho oculto amoroso que se quer ver?

Entre o ser o humano e o que não existe, alguém conhece?

E homens e mulheres, meninos e meninas, o que os prendem?

Diversifica toda a paixão, o que faz tudo ser invisível, o rosto, o corpo a alma...

Capaz de deixar cego, surdo e mudo,

Amputando cada membro, esquartejando cada face,

Cortante como o frio de inverno,

Quente, escaldante,

Ardendo sem sentir.

Apenas destrói e reconstitui.

Machuca, mas não cicatriza.

Sem marcas, riscos, desenhos, palavras ou cartas.

E a voz é desconhecida mas se torna conhecida ao ouvir, apesar do tempo.

Faz sentir fome de alguém.

A vontade de comer outro ser humano, tê-lo somente para si.

A vontade de guardar a outra pessoa em um baú e tirar de lá somente para ver, não tocar. Somente, apreciar.

Guardar a imagem somente para si mesmo.

O altar do egoísmo em querer para si, o que é do mundo.

O que nunca foi de ninguém.

E quem um dia foi de alguém?

Tudo o que se viveu de verdade não acaba.

Todo bem de qualquer alguém é o presente absoluto.

Quando não se sabe nada um sobre o outro e ainda são eternos.

Estamos todos perdidos no labirinto espelhado dos nossos desejos.

Ninguém sabe o que quer, e ninguém entende o que sente.

Dói o tempo, passa o tempo, e o tempo é curto...

Afinal, o que a vida quer?

Com cada mulher, cada homem?

A dor das saudades, ao ódio com lágrimas de sangue;

A pureza, assim como rosas brancas, em que é vista o amor;

A paixão que é vermelha combinando com o sangue que arde entre as veias;

E azul como o céu, com toda a felicidade em vida;

Não é possível julgar o que querem, o que queremos, e o que a vida nos pede.

Somos nossos desejos, e mais nada. Somos do que queremos e de mais ninguém.

O futuro é exatamente como os nossos planos, ou exatamente como a nostalgia de um dia ter sonhado com o impossível.

As lágrimas são sempre lembradas, os risos por mais sinceros que sejam, não são contemplados.

Afinal, o que a renascença quer?

É o amor.

Mesmo sem querer, sem procurar, o amor está na alma, na garganta, nas mãos, na boca, na pele...

O amor é o indesejável. A sensação impagável de sobrevivência

Contemplando o passado, mas somente com o presente na ponta dos dedos

Assoprei minhas mãos, e o presente se foi...

Movidos por amor, comandados por amor, respirando amor...

Afinal, o que o amor quer com frágeis seres humanos?

Gianne Lorena
Enviado por Gianne Lorena em 17/12/2010
Reeditado em 05/02/2015
Código do texto: T2676514
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