JANELA I

Na sala escura ela relembra tudo: o encontro às escondidas, a paixão que os envolveu, o êxtase do amor, a separação.

Não consegue segurar as lágrimas que a impedem de ver a beleza do dia. Não vê o sol que brilha lá fora, as flores multicoloridas do peitoril da janela, onde abelhas e borboletas voejam em busca de mel.

De repente, um telefonema.

Como num passo de mágica, arreda a cortina azul. Olha as belezas do dia, flores, sol, amor, felicidade!...

Marísia Vieira
Enviado por Marísia Vieira em 16/12/2010
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