A ESCULTURA DA TRISTEZA
De repente, sinto-me como personagem do romance policial "A Mansão Hollow" de Agatha Christie, uma escultora que, uma vez assassinado pela própria mulher o homem que ela, escultora, ama, o homem, seu amante, oculta-se no ateliê e se põe a esculpir, a modelar, traço por traço, a imagem da Tristeza em um rosto de mulher.
Tudo tornado metáfora: a escultora, a mulher assassina, o homem assassinado, a escultura da Tristeza. Tudo metáfora e tudo doendo,queimando no peito como o retrato de Itabira na parede e no peito de José, no poema de Drummond.
Na manhã de 16 de dezembro de 2010.